Cláudia Regina e Wellington Jr foram condenados pelo
juiz Herval Sampaio.Eles estão inelegíveis por 8 anos; juiz determina novas eleições
na cidade
O juiz da 33ª zona eleitoral de Mossoró,
José Herval Sampaio Júnior, cassou os diplomas da prefeita Cláudia Regina
Freire de Azevedo (DEM) e do vice-prefeito Wellington Carvalho Costa Filho (PMDB) por
abuso de poder. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (1º). Sampaio determinou
que seja realizada nova eleição em Mossoró, uma vez que os dois condenados
obtiveram mais de 50% dos votos válidos. Até lá, quem comanda o Executivo
municipal é o presidente da Câmara, Francisco José Júnior (PSD). Cabe recurso à
decisão.
A ação foi Coligação Frente Popular
Mossoró Mais Feliz, que era encabeçada pela deputada estadual Larissa Rosado
(PSB). Na decisão, o juiz disse que julgou "procedente a ação por entender
que muitos dos fatos aqui trazidos e devidamente analisados em cotejo com a
defesa foram ilícitos, configurando-se o abuso de poder nas formas
explicitadas, beneficiando indiscutivelmente os investigados e desigualando a
necessária isonomia entre todos os candidatos".
Além de perderem o mandato, Cláudia Regina
e Wellington Carvalho Filho foram condenados à inelegibilidade para as eleições
que se realizarem nos oito anos seguintes, contados a partir do pleito de 2012.
Ao G1, a assessoria de imprensa da Prefeitura de MOSSORÓ disse que Cláudia Regina tomou conhecimento da
sentença e que a chefe do executivo está reunida com o procurador geral do
município para saber que decisão vai tomar.
De acordo com as acusações feitas pela
coligação derrotada nas eleições passadas, Cláudia Regina Freire e Wellington
de Carvalho Filho abusaram do poder econômico, do poder político e usaram
indevidamente os meios de comunicação em diversas oportunidades - a maioria ao
lado da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM).
Entre essas acusações, estão a
"utilização de carros de som durante a campanha eleitoral para a
transmissão de mensagem da governadora apregoando feitos da administração
publica estadual; o comparecimento da governadora para inauguração e/ou a
anunciação de obras públicas semanalmente; e a superexposição da movimentação
da governadora, bem como de obras do governo estadual".
Na decisão, o juiz Herval Sampaio chega a
escrever que houve "uma total falta de noção do que seria ética ou moral
política" da governadora Rosalba Ciarlini durante a campanha eleitoral.
Ele se referiu ao fato de Rosalba Ciarlini ter ido a uma "comunidade da
zona rural, mais precisamente em casas de famílias apoiadoras da candidata
adversária de sua 'parceira', candidata investigada, com inegável finalidade de
fazer com que mudassem de lado e, como um passe de mágica consegue fazer com
que toda uma família mude sua posição, permitindo que o pessoal de sua comitiva
– assessores da governadora - arranque os cartazes dos candidatos
adversários".
Fonte – g1rn
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